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Flecha


O Espírito do Eterno, o Senhor, está sobre mim porque o Eterno me ungiu. Ele me enviou para pregar as boas-novas aos pobres, curar os de coração partido. Isaías 61.1

Lendo essa passagem hoje me deparei com uma palavra que não havia percebido a fundo ainda: enviar. Minha atenção foi despertada para essa palavra e busquei mais a respeito dela e descobri, que a palavra original hebraica para ‘enviar’ significa ‘disparar (para frente)’. Disparar para frente. Fiquei com tal frase na mente e me veio o trecho de Salmos 127:3-4: ‘Não vê que os filhos são os melhores presentes do Eterno, que o fruto do ventre é o seu generoso legado? Como flechas de um guerreiro são os filhos de uma juventude cheia de vigor’. Nada melhor pra exemplificar o ato de enviar alguém do que o próprio Deus. Ele tinha UMA flecha em sua aljava. Uma única flecha, a mais perfeita que jamais existiu, obra de arte, inestimável para o Senhor, mais apreciada até que todo o exército celestial. Incomparável. Sublime. Seu único Filho. Porém quando olhou para a Terra, a mesma Terra que criou, encontrou um quadro caótico. Desesperador. Carente. Preso nas garras do Inimigo. Seu coração se apertou. As pessoas pecaram miseravelmente contra Deus, mas Ele não conseguia parar de amá-las. Ele havia criado todos com amor. O que fez Deus então? Colocou a mão na sua aljava, tirou sua única flecha. Aquela flecha. Sua aljava estaria vazia, e sua flecha nas mãos de pessoas odiosas. Deus amava o mundo? Sim, claro. Mas Deus também amava seu Filho unigênito de uma forma inexprimível e arrebatadora. Deus se viu num dilema: dois amores. Um amor demandava o sacrifício do outro. Deus então enviou seu Filho, para que todos os que cressem nele não morressem, mas tivessem uma oportunidade, uma vida perfeita com ele.
Agora entendo o porquê Deus envia as pessoas a pregarem as boas-novas aos pobres. Somos flechas na aljava de Deus. Somos feitos filhos de Deus. Ele nos ama de uma forma incondicional. Mas ele nos envia, nos dispara rumo a outras pessoas. Ele sabe que muitas vezes temos que sofrer, às vezes os locais que somos enviados são distantes, as pessoas são odiosas. Mas ele nos enviou. E nós temos a obrigação de ir. Afinal de contas, fomos disparados pelo Pai, aquele que mais nos amou, que nos salvou. Então entendo agora. Estou sendo preparado para o meu disparo. Posso ver ao longe o alvo, as alegrias que me esperam. Mas também vejo as dificuldades que me cercam até lá. Mas confio no Pai, confio em sua poderosa mira. E me deixo ser disparado.

(Inspirado no livro: A oração que liberta, Beth Moore)
Deus os abençoe.

Jezz

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